Stranger Things: o erro que conquistou meu coração

Olá, olá! Antes de mais nada, queria explicar a você que já assistiu à série e me xingou no momento em que leu o título que: a série não foi um erro. O erro foi meu. Estava eu na Netflix, tentando achar qualquer coisa para assistir e eis que acidentalmente cliquei no gigantesco banner de Stranger Things no topo da página, que estreou no dia 15 de julho. Eu podia ter voltado e escolhido outra coisa? Sim. Eu podia ter me irritado, desistido e desligado o computador? Também sim. Porém, felizmente, não foi o que eu fiz. Já estava indecisa mesmo, então vi aquilo como um sinal do destino e deixei rolar. Foi nesse momento que tive o primeiro contato com o que viria a ser uma das melhores coisas das minhas férias (e olha que elas estão sendo sensacionais mesmo). Logo que assisti ao primeiro episódio corri para o Twitter e de repente TODO MUNDO estava falando sobre ela, ainda tem gente que não acredita da Lei de Murphy. 

Então, após essa curta -- e dramática -- explicação a minha introdução a série, decidi que precisava introduzir outras pessoas ou, no mínimo, desabafar sobre o meu encantamento por essa produção maravilhosa da Netflix que me deixou com lágrimas de nostalgia durante oito lindo episódios.


Bom, eu não sei vocês, mas, apesar de hoje em dia as pessoas não darem muita importância, eu fui basicamente criada pela Sessão da Tarde, era um evento diário na minha casa e exigia todo um ritual. Esse hábito foi o que despertou o meu interesse por cinema e, mesmo não tendo vivido nos anos 80, me fez crescer junto com Elliot e seu melhor amigo E.T., sonhar em ser tão descolada e aventureira quanto Ferris Bueller, querer caçar tesouros com os Goonies e ter amizades tão boas quanto a dos garotos de Conta Comigo. Stranger Things trouxe toda essa sensação de Sessão da Tarde de volta, uma junção perfeita de todos os filmes dos anos 80 e 90 que fizeram a minha infância e a de muita gente.

O primeiro episódio começa com uma referência explícita a E.T. - O Extraterrestre, quando os quatro melhores amigos Mike, Will, Dustin e Lucas estão no meio de uma partida animada de Dungeons & Dragons no porão da casa de Mike. Logo após a partida -- que durou 10 horas! -- cada um dos garotos vai para sua casa e então Will desaparece misteriosamente, dando início a real trama da série. Recheada de referências a filmes já citados acima e de clássicos do terror como Poltergeist, A Hora do Pesadelo, ao thriller Tubarão e outras diversas outras aos livros de Stephen King, a série, no entanto, não é sustentada só por referências. Apresentada como uma carta de amor aos anos 80, Stranger Things vai se criando com uma trama original e envolvente que me fez querer assistir todos os oito episódios de uma só vez. 

Na procura por Will, os amigos Mike, Dustin e Lucas acabam encontrando Eleven, uma garota misteriosa, de poucas palavras e que possui poderes telecinéticos e precisa ser escondida no porão de Will (mais uma referência a E.T.!). Os quatro embarcam em uma perigosa e relativamente irresponsável busca pelo melhor amigo, sendo salvos diversas vezes pelas habilidades de Eleven, que vai se mostrando cada vez mais poderosa ao longo dos episódios. Paralelas a essa ainda existem outras tramas como as investigações do xerife Hopper e da mãe de Will, Joyce (interpretada pela maravilhosa Winona Ryder); o triângulo amoroso adolescente formado por Nancy, Jonathan e Steve, que é desenvolvido de forma extremamente atenciosa e natural. E, por fim, temos o núcleo do laboratório de experimentos. Mesmo que a princípio dê a impressão de alguns personagens estarem só tapando buracos, todos os núcleos se encontram ao final, cada um montando uma parte do quebra-cabeça que nos leva ao desfecho emocionante da temporada. 


Com uma trilha sonora apaixonante composta por nomes como Dolly Parton, The Clash, The Smiths e David Bowie, a série faz com que viajemos a uma época sem tanta tecnologia, uma época de muito mais liberdade e onde a diversão era promovida de maneiras mais criativas. Apresenta a típica transição do nerd para o herói, o triângulo amoroso entre a mocinha, o bad boy e o esquisitão, o frio na barriga de um bom sci-fi e, o principal elemento das produções oitentistas nessa linha: a amizade. Uma série que tinha tudo para ser uma cópia barata de tantos outros clássicos que já conhecemos e amamos, acabou tornando-se uma homenagem digna e muito bonita ao cinema dos anos 80. Vale destacar também a atuação impecável das crianças do elenco!


A série é assinada pelos irmãos Duffer, que são estreantes e citaram como principais inspirações Steven Spielberg, John Carpenter e Stephen King. Inclusive, os dois contaram que levaram um trailer com trechos de 25 filmes, incluindo todos os citados nesse post, e entregaram para os produtores como um exemplo base do projeto. A abertura também é uma atração a parte, desde a fonte (a mesma usada nas capas dos livros de Stephen King), até a música tema que foi criada especialmente para a série e é responsável por deixar aquela ansiedade pelo episódio que virá.



A trilha sonora da série já está no Spotify e lembram da Lully que eu falei no post passado? Ela fez um vídeo incrível passeando pelo set de gravação de Stranger Things em Atlanta!



Nota:






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E aí? Vocês já assistiram a série? Pretendem assistir? Corram aqui embaixo e deixem suas opiniões e discussões, ando louca por alguém para tagarelar sobre haha!

Até o próximo post, xoxo!

"stardustlady" no Snapchat

3 comentários

  1. Ahhh, acabei de descobrir seu blog e tô amando, juro! Queria ver vídeos no youtube, como faz? hahahah bjbj

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  2. Gente, eu adoro essa série! Você já viu o vídeo que mostra as referências? O enredo é muito bom, a trilha sonora é ótima. É tudo muito bom! Não é sempre que a Netflix acerta mas nessa, na minha opinião, eles acertaram!

    Beijos!
    Malu

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  3. Sessão da tarde aqui era regra, todo mundo assistia, hahaha. Eu amava! Amei a indicação, essa série parece ser demais. ♥

    www.kailagarcia.com

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